Tuesday, 26 February 2013
Movimento
correu pra sala chorando, achou-se estranho, não estava acostumado a se ver chorando daquele jeito, soluçando, sentindo dor no peito e a respiração difícil. não sabia o que fazer, com quem conversar. queria tomar a decisão sozinho, fugir dos conselhos. precisava saber o que estava sentindo. 'faz sentido? e precisa fazer sentido? só precisa parar de doer', pensou. pensava no não e chorava, pensava no sim e também chorava...até que desistiu de lutar e parou de chorar. 'desisti por ser mais comodo? questionou. 'será que não fazer nada era a melhor decisão?'. não fazer nada significaria estar ausente, não participar e talvez significasse ignorar...e lembrou de alguém lhe dizer que a ignorancia é o contrário do amor. 'e que medo é esse de ignorar' refletiu. sua mente confusa não sabia mais dar significados coerentes às palavras. viu-se como em estado de shock, paralisado em frente a qualquer coisa em que mirava os olhos sem observar. era tão fácil desistir. tão mais fácil que o assustava. sentiu-se então desafiado por aquele medo. o que seria maior, o medo ou o a vontade de vencer o desafio? olhou o relógio. eram vinte para as dez da noite e tinha que trabalhar no dia seguinte. no automatismo, tirou a camiseta, pegou a toalha e foi tomar banho.
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