entre sonhos e sonhos

acodei cedo hoje, ainda oito e eu tenho mais dois dias inteiros de final de semana. a inevitavel depre do final das ferias bateu entao eu vou fazer o que? ler alguns livros, me divertir com as pequenas coisas belas da vida e soberviver aos dias que vao encurtando e o sol que vai comecar a desaparecer nas proximas semanas. tudo bem, nao eh o fim do mundo, mas hoje eu ainda estou dramatica.

acordei cedo, ainda as oito, com um susto, achando que ainda nao era hoje.

acordei cedo, no chao de uma outra casa e tudo estava em silencio. hoje eh sabado e as pessoas querem dormir mais. eu me revirei na cama, mas nao rolou, entao sentei aqui pra escrever qualquer coisa que saisse.

nao ta saindo muita coisa entao vou contar meu sonho.

sonhei com uma festa na casa da minha prima fabiana, so que a fabiana nao era a fabiana e a casa nao era a dela. eu nao conhecia ninguem da festa e a gente tomou umas paradas la, ai fiquei bem louca e ficava andando pela festa e falando com as pessoas. as pessoas nao eram tao amigaveis mas nao pareciam nao gostar de mim, mas uma hora a fabiana falou que eu estava sendo inconveniente e me pediu pra sair da festa. eu tava bem loca e comecei a abraca-la e falar que a amava e coisa e tal, ai ela esqueceu de me expulsar e fui ficando. um cara meio desajeitado e alto veio falar comigo. o cara era tipo playboy e usava uma camisa branca, ele era esses tipos altos que tem uma barriguinha, cabelo certinho e aquele suor azedinho fim de festa, quem mandou colocar a camisa de manga comprida grossinha para uma festa como essas? nem em sonho...ele era o tipico carinha que chega com um papo furado e fica caindinho, cambaleandinho pra cima, com o bafinho de pinga e a camisa molhada, tentando beijar. nao peguei nao, mas ele era gente boa e acabamos ficando amiguinhos e ele me deu carona pra casa no final. cheguei em casa, num ap que nao era o meu, numa cidade que nao sei qual era. era noite e eu liguei o computador. a mesa do computador ficava na janela e, enquanto eu conversava com a batata no msn, umas luzes comecaram a aparecer no ceu, varios raios e eu vi que eram discos voadores, eles iam e viam e ficavam parados um tempo, dai eu pensei "nossa, ta todo mundo nos seus mundos, fazendo outras coisas e ninguem ta vendo tudo isso que ta acontecendo a nossa volta, olha isso!" e fique olhando. perguntei no twitter se mais gente tinha visto o fenomeno, mas logo me bateu uma paranoia que "eles" descobririam que eu os vi e me abduziriam. sai de casa e fui pegar o metro. no meio do caminho encontrei a carol e a ceu que estavam indo para uma festa e logo me juntei ao grupo. entramos num onibus verde, cheio de gente do bem e la fomos. no onibus, encontrei um pessoal que fez teatro comigo em taubate e comecamos a relembrar eventos, foi legal, mas logo rolou uma discussao entre umas pessoas e eu nao sei porque desci do onibus e fui pegar o metro. me perdi na estacao de metro e fiquei amiga do motorista, que logo me encaminhou. entrei em ealing broadway, nao tinha mais ninguem no metro, so eu. sentei. depois apareceram mais duas pessoas e elas me perguntaram se o trem ia para uma outra estacao la que agora eu nao lembro, mas eu disse que elas tinham que entrar na jubilee line e fiquei sozinha de novo. o trem saiu. fiquei vendo a paisagem e bateu melancolia. passamos por partes de londres e uns lugares com coqueiros, desci numa estacaqo que dava para o mar. primeiro parecia uma praia comum, mas, olhando de perto, as ondas vinham de longe e chegavam ate dentro das casas das pessoas. as casas eram meio que uns sobradinhos coloridos, meio pequenas, meio ubatuba, meio alguma casa que fica ali na amazonia que eu ja vi em documentarios e afins. as criancas surfavam nas ondas, que eram grandes, e eu fiquei observando. o sol ia e vinha e eu pensei em entrar no mar, tava precisando nadar. mas antes que isso acontecesse, uma senhora me chamou para tomar cha. entrei na casa dela, e haviam muitos panos em toda parte, panos coloridos e molhandos pela agua do mar que entrava e saia durante o cha. nao lembro o que conversamos...
depois disso, so lembro de acordar e olhar para o teto branco com varios circulos de ceramica, contornando o centro do fio que cai e eh uma lampadinha branca dessas comuns. abri e fechei os olhos, mexi as maos, as pernas, tudo foi voltando. peguei o celular do lado do colchao e ainda eram oito horas da manha. muito cedo. tentei voltar a dormir mas nao tava com sono mais, entao resolvi ligar o pc pra ver as novas do face e coisas assim. nada mudou muito entao vim escrever aqui no blog.

agora sao oito e trinta e nove. tudo ainda esta em silencio. no sofa branco, ao meu lado, ele dorme. eu to aqui. no brasil sao quatro e quarenta agora, na hora que termino esta frase. espero que voces estejam tendo bons sonhos.

quando acordarem, aqui ja vai ser tarde, os barulhos ja estarao a mil, as familias se preparando para o dia no parque, as feirinhas montadas, os supermercados abertos, os cafes da manha tomados and so on. vivo quatro horas no futuro agora.

e viva o tempo e o espaco e os sonhos. e os sonhos. e os sonhos...

e aquele abraco e um bom final de semana para voces que despertarao no tropico sul.