Tuesday 20 September 2011

porque o pai era uma pêra

passava o tempo pintando pratos de porcelana. e na conversa com as visitas, ninguém entendeu nada daquela historia que ela lançou sem pensar na pretensão. ficou o silencio em troca. e um constrangimento. para concertar, uma canção. mas isso também nao foi a solução. e a orquestra nao pode aparecer porque pegou um tremendo temporal no caminho da marginal. ficaram entao, os macarroezinhos na panela, esperando para serem escolhidos. ela também queria virar comida, mas o mercado nao ta pra peixe. sobrou entao, a raspa do feijão. queijo. e folhinhas de alfafa. fizeram a fumaça toda sem tocar no assunto. ela nao assuntou para nao assustar. a outra, foi se arrastando, vagarosamente, para o seu secreto esconderijo secreto. estavam agora mais quatro, cinco, contando com ela. e dois coelhinhos pulando pelo segundo andar. o jogo vai começar. faltou parceiro, buraco se joga de quatro. de quatro se faz muitas coisas, passou a ideia com malícia. mas eles estavam sérios demais decidindo a decoração dos dedos da dinastia hierárquica monárquica aristocrática britânica. e nem se quer ouviram os patos migrantes dançando pelo céu azul rosado daquela bela tarde de terca-feira em dorset. agora so ano que vem...  

1 comment:

vinicinhus said...

lindo. queria estar nesse conto. assistindo tudo. e estive! senti que era uma das xícaras. e eu vi os patos migrantes. bati minha asa e fugi com eles.