Sunday 8 September 2013

o maior medo

uma hora isso ia acontecer. e eu achava que nunca estaria pronta. te olhar assim, distante. me apresentei educadamente. senti o estomago expremer num choro. tive vontade de cantar um grito. para que ate alem das estrelas sentissem a minha infinita dor de medo. temi tanto mais que a morte. que um coro de vozes histericas soaram dentro de mim. me esforcei para manter a docura. mas quase cai pra debaixo daquele tapete estampado. nao consegui mexer o rosto. nem forcar um sorriso de simpatia humana. fui engolida por mim. atravessada por cem milhoes de anos que passaram pela tela de cinema em um segundo. todas as coisas que nao-foram. a perda do preterito perfeito. o futuro sem isso assusta tanto que nao sei nem me representar nessa acao de abandono. mas eu que gostava tanto daquele vestido florido, me olhando assim, pareco meio sem graca. sem raca. num suspiro amanheceu. eu, sem respirar. tocou a musica do adeus. e eu perdi tudo. agora sao sete horas. estou aqui olhando para porto nenhum. sentada no meio do barco. nua. entre o atlantico e o pacifico. tententado encontrar a paz de espirito. te vejo navegar longe. eu, aqui. ainda ser saber onde. e se. encontrarei terra firme de novo.

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