Saturday 7 April 2012

a historia do biscoitinho de polvilho que sonhava em ser cantor

saira do pacote ha anos atras em busca da fama. seu sonho era participar do concurso de calouros do raul gil. sentia que podia cantar. havia cantado por semanas enquanto esperava que alguem escolhesse o saco que estava embalado, ali,  na prateleira do econ. os outros biscoitinhos, deliciavam-se com sua voz grave e intensa, poucos biscoitinhos atingiam aquele tom. biscoitinho, conseguiu vislumbrar a capinha de um cd. e nao conseguia conter seus pensamentos de, um dia, tornar-se o primeiro biscoitinho de polvilho a entrar no show business. sentia-se especial por que sabia que possuia uma sensbilidade extraordinaria. sabia tambem, que, ali, naquele pacote nao conseguiria atingir suas ambicoes antes que fora mastigado por algum ser humano esfomeado. um dia, ele ainda estava dormindo, quando ouviu o estrondo. e depois o ar entrou todo de uma vez. o sol raiava. e ele percebeu tudo: abriram o pacote. era tudo ou nada. era sua hora. sua chance. ou seu fim. pensou rapido e, a orpotunidade, surgiu, ainda no cafe-da-manha, quando, distraidamente, deixaram o pacote em cima da mesa. biscoitinho saiu de mansinho sem que ninguem percebesse. ele pulou. caiu no chao. e correu. e saiu por debaixo da porta. entrou no elevador. escondeu-se no canto. esperou ate que alguem chamasse. chamaram. nao o viram. a mulher desceu. depois ele saiu no terreo. cruzou o porteiro la embaixo, mas fingiu-se de lixo, sem que ele notasse a dinamica da fuga. passou pela porta principal. sentiu o sol na cara. o calor na pele. viu a calcada. viu a cidade. e foi logo amassado por um pe gigantesco.

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