tres delas, no minimo, eram ela. ela nao sabia quem ela seria em breve. agora nao se sabia em si, quem era ela ali, sentada. sentada estava ela no sofa bege. dentro de seu corpo pequeno. ela seria ela mesma, ou, talvez, nao. ela ali, era ela. e todas aquelas elas que ela nao foi. ela poderia ter sido. sera? sera que algo poderia ter sido diferente? e o que sera que ela vai virar se mudar de caminho? mas em qual caminho ela esta? se destino ha, nao ha o que escolher. e as coisas sao exatamente como deveriam ser. ou ter sido. ou nao. existem escolhas? talvez existam circunstancias. ele disse alguma coisa sobre a teoria das cordas. conhece? coloca no buscador. estou bucando-me a mim. encontraras-te no futuro, em pedacos, espalhada, num aglomerado de possibilidades vividas e outras perdidas no vacuo no espaco. o tempo engole tudo. somos o que somos. duramos poucos instantes. muito disso eh memoria. muito disso eh projecao. e existe o espaco do meio. o espaco entre. o caminho. o ponto onde voce esta agora. agora. onde esta o agora? ela parou. parou? parou debaixo do toldo. e agora? ela vai esperar a chuva passar. melhor esperar. melhor.
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