Sunday 3 April 2011
turbulento
a calmaria da espera para partir recebeu visita inesperada da assombração. regogito o passado e cá estou. assombrada pela expectaviva que criei e divulguei. tensionada pelo medo não identificado. 'seja a ansiedade', ouço em tom estrangulado, angustiado. a frase pedia algo redundante e eu só consegui continuar sentindo. Entro no carro. é o início do percurso da viagem. a música na rádio me carrega para um saudosismo. 'seja o apego', ouço e provo a redundância. procuro mecanismos físicos para conter essa coisa. aperto o peito com força, fecho a garganta estreitando o máximo que posso. contenho o sumo que sai pelo canto dos olhos. 'seja a dor'. ouço a sirene dos primeiros socorros, a mente desce com seus aparatos. 'seja a lógica'. ouço uma piada e o riso faz algumas reparações. 'esteja aqui!'. estou agora olhando impotente pela janela do avião, reafirmando minha pequenez. 15:00h, aterrizo. as horas da tarde passam rapidamente no tabuleiro do jogo de dama. volto para o hotel e sozinha no quarto ligo o computador. 'sorria para o drama'. bato os dedos no teclado. o peito afrouxa. é o suficiente pra dormir.
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